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Servidores do IFMG se mobilizam em greve contra projeto de desmonte da educação pública

  • tribunapopularita
  • 3 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

Trabalhadores do Campus Itabirito aderiram paralisação exigindo melhorias e mais investimentos em educação


Na cartilha do Teto de Gastos (aprovado pós golpe), o governo federal e as classes dominantes do país seguem projetando a eminente destruição de direitos sociais fundamentais, como saúde e educação. Para lutar contra os interesses privados deste pequeno grupo de pessoas (mas muito poderosas), somente a mobilização de trabalhadores e trabalhadoras.


É assim que servidores do IFMG Campus Itabirito estão fazendo valer a voz da categoria. Se mobilizando e organizando lutas coletivas. Por isto que, desde o dia 16 de maio, servidores do IFMG Campus Itabirito estão com as atividades paralisadas. Panfletagens e conversas com estudantes complementaram algumas ações de mobilizações até a deflagaração da greve. A paralisação acompanha os indicativos do SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica). Até o momento, já são sete campi do IFMG que suspenderam o calendário em razão da greve dos servidores do IFMG.


Servidores mobilizados em luta. (foto: Reprodução/SINASEFE IFMG)


Em ofício enviado ao Ministério da Economia, o Comando de Greve expôs a grave situação de desvalorização, dos servidores e da instituição. Abaixo, segue trecho do ofício com as principais reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras:


"O(a)s servidore(a)s público(a)s no Brasil têm acumulado perdas salariais nos últimos anos na ordem de 49,28%, conforme estudo apresentado em anexo. Não tivemos durante os últimos cinco anos qualquer reajuste da inflação, o que faz com que os nossos salários estejam bastante defasados. Durante o governo Bolsonaro tivemos um expressivo aumento da inflação, que acumula o percentual de 19,99% de perdas para o(a)s servidores público(a)s.

Mediante esse cenário e em consideração ao artigo 37 da Constituição Federal de 1988 que exige tratamento com isonomia para o conjunto do(a)s servidore(a)s público(a)s é que o FONASEFE vem requer que seja atendida, no plano mais imediato, a seguinte pauta de reivindicação:


1. Reajuste salarial de 19,99% para o conjunto dos servidores públicos federais;

2. Arquivamento da PEC 32;

3. Revogação da EC 95/2016."


O documento também apresenta o detalhamento de cálculos que comprovam as perdas salariais e o eminente risco de fechamento da instituição, com tamanha falta de investimentos públicos.


Greve como ferramenta de luta


Segundo informações do coletivo de Comando de Greve, uma grande mobilização está marcada para o próximo dia 09 de junho (quinta-feira), contra os cortes na Educação. No texto abaixo, o coletivo destaca a importância da paralisação:


Kleber Mazione Lima Ferreira e Tamyris Teixeira da Cunha


Docentes do Campus Avançado Itabirito e membros do Comando Geral de Greve e do Coletivo de Greve do instituto.


"O IF não é um prédio frio de formato estático, pelo contrário, ele se movimenta pela desejo da comunidade de pertencer e de ter sua identidade respeitada. Somos a escola de qualidade, com excelentes indicadores de ensino e oferta de cursos gratuitos para a cidade. Esse legado é de responsabilidade de todos nós. Por isso, as nossas ações precisam contar com as mobilizações estudantis. Precisamos das entidades estudantis nesse momento de luta.A voz dos estudantes em defesa da educação mais do que nunca precisa ser ouvida. E aqui deixamos o chamamento para a grande mobilização do dia 09/06 contra os cortes na educação. É grave, por isso é GREVE!"


Conforme dito, os servidores convocam os diferentes segmentos da sociedade civil, para uma mobilização para o próximo dia 09 de junho, em defesa da educação pública e contra os cortes.


Para mais informações sobre a greve e das atividades de paralisação do Campus Itabirito, acesse o site do Comando de Greve no município.

 
 
 

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