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Secretário Raphael Rondow celebra entrega de mixaria para atletas de Itabirito

  • tribunapopularita
  • 21 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

Em relançamento do Bolsa Atleta (cortado na pandemia pelo próprio governo municipal), secretário tenta citar "investimento histórico", mas ignora baixíssimo valor mensal da bolsa


(secretário de Esportes Raphael Rondow. Foto: reprodução)


Raphael Rondow (sem partido) segue religiosamente a cartilha do governo Orlando: faz muita propaganda, mas apresenta pouca resolução aos problemas reais da população itabiritense. No dia 22 de fevereiro - sob muito alarde, houve relançamento do programa Bolsa Atleta pela Secretaria de Esportes e Lazer. O Bolsa Atleta é um programa criado em 2017, antes da desastrosa gestão de Orlando (Partido Cidadania).


O secretário Rondow comemora o “investimento histórico de R$ 100 mil” e afirma que “o programa vai beneficiar neste ano 32 atletas com bolsas no valor de R$ 3.125,00 cada.” Aí está a jogada de marketing: o valor divulgado é o valor total por ano.


O que não foi falado com clareza pelo secretário é o seguinte: por mês, a bolsa vai representar a mixaria de 260 reais mensais (3.125 reais dividido por 12 meses).


“A alta de preços no país afeta também os materiais e gastos esportivos, de modo que não é possível nenhum atleta bancar a sua carreira esportiva com um valor tão baixo”, afirma o professor de Educação Física Alexandre Hudson, que continua: “o secretário Rondow tem salário acima de 10 mil reais por mês, recebendo por ano mais de 120 mil reais pagos pelo povo. É um absurdo comemorar a destinação de apenas 100 mil reais para o programa Bolsa Atleta, ainda mais com os recordes de arrecadação da prefeitura. Somente o secretário recebe por ano mais que o próprio programa.


De fato, a comemoração do relançamento do programa causa no mínimo estranheza. A verdade é que o governo Orlando e seus aliados cortaram o Bolsa Atleta - e agora, o secretário Rondow aproveita pra fazer uma propaganda totalmente descabida no relançamento de um programa que a própria gestão havia cortado.


O programa Bolsa Atleta havia sido cancelado nos últimos dois anos em Itabirito, deixando alguns atletas de alto rendimento "na mão" durante a pandemia. O mesmo fato aconteceu com o programa Bolsa Atleta do governo federal, em 2020/2021, em que o fascista Bolsonaro decidiu cortar milhares de bolsas de atletas brasileiros mesmo às vésperas das Olimpíadas. Em seus conteúdos, o Tribuna Popular vem denunciando a semelhança política entre o governo elitista de Bolsonaro, Zema e o governo de Orlando na cidade. Importante ressaltar que o atual prefeito apostou alto na compra de cloroquina e tem o vereador Pastor Anderson como principal liderança na Câmara.


Apesar de esporte e lazer serem direitos garantidos pela Constituição Federal, essas áreas não têm sido prioridade para Rondow e Orlando. Em quase três anos de governo, nenhuma política pública que garanta o amplo e irrestrito direito ao esporte e lazer foi efetivada. Até agora o que tem acontecido é uma cópia do que era feito pelos secretários de esportes das gestões passadas. Inovação e gestão passam longe desse governo.


A política de precarização neoliberal de Rondow


Atualmente na Secretaria de Esportes e Lazer trabalham cerca de 40 servidores. Desse total apenas 35% são efetivos, ou seja, concursados. É importante destacar que todos os efetivos e até mesmo os contratados por processo seletivo assumiram os cargos nas gestões anteriores a de Rondow/Orlando. O concurso público, que valoriza o servidor e aumenta a qualidade do serviço prestado à população, passa bem longe de ser prioridade neste governo.


Em dados retirados do portal da transparência (de dezembro de 2021), o Tribuna Popular constatou que os atuais instrutores/professores contratados (sem concurso público) recebem salários (sem considerar os adicionais) abaixo de dois salários mínimos. Essa é a dura realidade também para grande parte dos servidores que não tem cargo de gestão ou assistência administrativa. É importante destacar que o salário mínimo ideal para que os brasileiros pudessem viver dignamente deveria ser de R$ 5.900 reais, segundo estudos do Dieese (Departamento intersindical de estatística e estudos socioeconômicos).


De um lado, pequenos salários e falta de estabilidade profissional aos trabalhadores. Do outro lado, grandes salários para pessoas que estão na gestão — com lideranças sem formação na área, e se sentam ao lado de Orlando, em sua mesa farta e seletiva. Isso é o que a gestão neoliberal de Rondow representa e oferece aos servidores da pasta. É a continuação da política do "faz de conta", do holofote e do palanque.

 
 
 

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