Governo Orlando tem se tornado especialista em realizar "manobras" políticas, e desta vez emite decreto envolvendo auxílio emergencial. Medida vai prejudicar famílias atingidas pela lama suspeita
Inúmeras famílias sofreram com danos estruturais em suas casas - Foto: Uanderson Tchu Tchu
Mais uma vez, a Prefeitura de Itabirito pegou a população de surpresa. Depois de começar o ano usando os problemas decorrentes da enchente para colocar muito dinheiro na empresa Serra Verde e de enganar os servidores públicos municipais com o aumento desproporcional da carga horária de trabalho, desta vez o governo Orlando articulou uma alteração em decreto do auxílio emergencial, restringindo os benefícios "por trás dos holofotes" da cidade.
ENTENDA O CASO
No dia 24 de janeiro de 2022, foi aprovada uma lei que autoriza a Prefeitura a conceder auxílio emergencial aos atingidos pela lama e pela chuva. Dentro da Lei 3638 de 24 de janeiro 2022, o Artigo 8º garante que fica o Executivo autorizado a conceder o auxílio financeiro aos núcleos familiares e agricultores familiares que tiveram danos graves em suas casas e ou estabelecimentos, em razão das fortes chuvas..."
Porém, logo após a aprovação da lei, realizada em Câmara Municipal, e de toda a discussão do auxílio emergencial ser feita entre os diversos setores da sociedade: imprensa, bairros, comunidades, profissionais, comerciantes e população em geral, a Prefeitura impôs um Decreto (Decreto 14 194) restringindo a concessão dos benefícios e prejudicando muitas famílias que tiveram as estruturas de suas casas afetadas com o maior desastre social da história da cidade.
No Decreto 14 194 a Prefeitura impõe a restrição do subsídio financeiro afirmando que somente terão direito ao benefício aqueles que tiveram perdas e prejuízos parciais totais de bens móveis. Bens móveis são eletrodomésticos, móveis, roupas, etc. Quando Orlando e seu gabinete coloca "bens móveis", ele exclui do benefício as pessoas que tiveram danos estruturais em suas casas.
SUJEIRA DO CAPITAL
Lembrando que existe uma investigação em curso sobre o conteúdo da lama causadora deste estrago na cidade. No portal A Pública, foi publicada a denúncia de que estudos encontram e confirmam elementos tóxicos nas lamas após as enchentes em Minas Gerais.
Lembremos, ainda, que o Governo Orlando retira direitos de famílias diretamente atingidas pela lama, logo depois de receber a autorização de repassar verbas milionárias para a empresa Serra Verde.
Mais uma vez agindo "por trás das cortinas", o governo da elite de Itabirito atende aos interesses dos donos das concessões do transporte.
Depois da enchente, melhor para os donos da Serra Verde, pior para as famílias com as casas destruídas.
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