Passados onze meses de desastres históricos, causados pela chuva, a insegurança volta a tomar conta de Itabirito
Córrego da Carioca transbordou na noite de terça-feira (29), alagando pontos da cidade -
Foto: Reprodução/Grupo Itabirito MG
Na noite de ontem (29), a cidade de Itabirito novamente enfrentou as consequências da temporada de chuvas, desta vez com o transbordamento do Córrego da Carioca, que culminou no alagamento de diversos pontos do centro da cidade. De acordo com a Defesa Civil, o temporal começou por volta de 21h e durou uma hora. Neste intervalo foram registrados 50mm de precipitação, o que pode ter sido o motivo do transbordamento.
Logo pela manhã, foi possível observar diversos comerciantes e moradores do centro, além de funcionários da PMI, limpando o local atingido pela enchente. O prefeito Orlando Caldeira também apareceu no local para “amenizar” a situação, pediu paciência aos itabiritenses e disse que logo a cidade estaria limpa. Mas a pergunta que fica é: até quando?
Até quando os lojistas e moradores de áreas que já foram afetadas nos últimos meses terão que conviver com a possibilidade do alagamento? E mais: quando a prefeitura de Itabirito responderá de forma transparente sobre quais ações têm sido tomadas para diminuir os impactos das chuvas, se é que tem feito?
Vale recordar que em janeiro deste ano de 2022, a população itabiritense foi surpreendida pelas chuvas que, além de provocar a maior enchente da história do município, também deixou rastros de deslizamentos em diversos pontos da cidade. Apesar dos estragos e riscos, alguns locais ainda são motivo de insegurança para os moradores da cidade, a exemplo dos barrancos no bairro São José.
Barranco afetado pelas chuvas de janeiro no bairro São José - Foto: Tribuna Popular
PODER POPULAR NO COMBATE ÀS ENCHENTES
As medidas para reduzir, detectar e criar alternativas para o problema das enchentes, devem ser uma questão central da democracia do poder em Itabirito. É importante reforçar que os conhecimentos sobre o conteúdo da lama da enchente de janeiro ainda não foram divulgados, popularizados.
Portanto, é correto afirmar que, caberia ao poder público municipal ao longo destes 11 meses, ter estabelecido um diálogo constante e concreto com lideranças dos bairros mais atingidos, movimentos sociais e outras representações da sociedade civil.
Em ano recorde de arrecadação, um amplo plano de trabalho já deveria estar sendo colocado em prática, com medidas realmente efetivas sobre as questões envolvendo as enchentes na cidade.
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