A eleição do Sindicato dos Servidores de Itabirito (Sindsemi) acontece no dia 20 de abril e ganha via combativa na disputa da entidade que atualmente está ligada à Prefeitura Municipal.
No Brasil de Bolsonaro e de seus lacaios neoliberais, temos cada vez mais acirramento na luta de classes, na qual todas as contradições capitalistas são expostas. Um grande exemplo disso são os nossos sindicatos: entidades que deveriam defender os interesses de sua classe, sendo o fiel da balança para que a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e melhores salários seja mais justa. Porque é, somente a organização coletiva, representada pelos sindicatos, que dá aos trabalhadores a força para serem ouvidos e para que seus anseios sejam atendidos.
O sindicalismo, símbolo da resistência dos trabalhadores contra a exploração e opressão dos seus patrões, sofre duros golpes a todo momento. Usam de todos os meios para enfraquecer e deslegitimar essa importante ferramenta da classe trabalhadora, seja por meio de difamação contra seus líderes e o trabalho que exercem, ou por mera apropriação desses espaços. Muitas vezes, observamos que os dirigentes das frentes sindicais são pessoas próximas aos patrões e que servem aos interesses da burguesia, ao invés de organizar as fileiras de luta em prol dos trabalhadores.
A realidade itabiritense, como sempre, segue a conjuntura nacional: temos, em nossa cidade, sindicatos que não representam o interesse de sua classe; o Sindsemi (Sindicato dos Servidores Municipais de Itabirito) é um exemplo desse "modus operandi" da burguesia. Infelizmente, a prática de afastar os líderes sindicais dos interesses de sua classe e aproximá-los dos interesses dos exploradores - através de alguns incentivos pessoais e cargos eletivos - também atingiu este sindicato. Dessa forma, as lutas dos servidores municipais ficaram enfraquecidas no pior momento: em meio a uma pandemia que assola ainda os trabalhadores, que sofrem com o descaso da prefeitura municipal.
Diante dessa realidade, a chapa RENOVAÇÃO (Chapa 2) se apresenta para a disputa do Sindsemi como uma alternativa de luta em defesa dos servidores municipais, com a representação de William Monteiro e Marcelle Rodrigues - para os cargos de presidente e vice da entidade. Dentre as propostas, destacam-se as de reformulação integral do estatuto do sindicato, que procura diminuir o tempo de mandato dos atuais 5 anos para 3 anos e aumentar as ações regulatórias e fiscalizatórias sobre o sindicato. Sob o lema, ‘o SINDICATO é o SERVIDOR’, a chapa busca promover uma campanha de filiação ao sindicato e melhorar a relação servidor-sindicato. E a criação das comissões por setor ou área de atuação visa criar comissões para acompanhar as ações de cada secretaria, além de reivindicações para a classe, como o pagamento de abono a todos profissionais que estão trabalhando presencialmente na pandemia, a recomposição salarial e o aumento no cartão alimentação.
Sobre o processo eleitoral
Esta eleição do sindicato conta com a presença de duas chapas, fato que não ocorria há muito tempo. A Chapa 1 (atual gestão), infelizmente, encontra-se ligada à prefeitura. Já a Chapa 2, uma chapa independente e combativa, busca trazer de volta a autonomia do sindicato em relação às ações do atual governo e sua política de retrocessos.
A votação para nova diretoria acontece no dia 20 de abril, das 8h às 16h, na sede do Sindsemi (Rua Rodrigues Silva, 208 - Bairro Saudade). Servidores votantes deverão levar caneta, álcool em gel e documento com foto. Usem máscara!
Importância da votação
Os servidores filiados ao sindicato têm, no dia 20, a responsabilidade de trazer de volta o caráter combativo e representativo ao sindicato. E, por via dele, estabelecer as lutas que esta classe precisa e merece. Passaremos, nos próximos anos, por reformas administrativas do governo federal e é preponderante termos um sindicato em nossa cidade capaz de enfrentar esses absurdos.
Por isso, conheça a Chapa 2, envolva-se nesse processo. Vote e chame as companheiras e os companheiros de trabalho a votarem e se filiarem. Vamos todos construir um Sindsemi mais forte, porque a entidade não pode ser comandada pela prefeitura; pelo contrário, os governantes é que devem respeitar o sindicato, as demandas que ele apresenta e a luta dos servidores de Itabirito!
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