A Prefeitura de Itabirito gastou menos com saúde em 2020 do que em 2019. A notícia, apesar de vergonhosa, era premeditada. Seguindo os passos do milionário Zema, o prefeito Orlando decidiu cortar mais de 7,5 milhões de reais da saúde de 2019 para 2020. Dinheiro este que poderia ter sido utilizado para testagem em massa da população, melhoria das condições de trabalho dos profissionais da saúde que estão há mais de um ano na linha de frente colocando suas vidas em risco, ampliação dos serviços de saúde, criação de crédito para os pequenos empresários e auxílio emergencial do município.
Nas eleições de 2020, o discurso que ecoava pela cidade pelo grupo do prefeito e dos velhos grupos políticos de direita da cidade era de que a prefeitura precisava ser “técnica”, precisava de gente “equilibrada” e “com experiência”. Agora, sentimos na pele onde este discurso de negar a política nos leva: a mesma política de morte de Bolsonaro e Zema sendo aplicada na cidade. Lembremos que Zema fez com que Minas Gerais fosse o estado brasileiro que percentualmente menos investiu em saúde ao logo do ano passado, mesmo com a pandemia de Covid-19.
A desculpa poderia ser a falta de dinheiro, mas nunca antes na história prefeitura teve uma arrecadação tão gigantesca: em 2020 a prefeitura arrecadou 470 milhões de reais!
Arrecadação ao longo dos anos (Fonte: site do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais):
2015 – 210 milhões
2016 – 241 milhões
2017 – 239 milhões
2018 – 268 milhões
2019 – 337 milhões
2020 – 470 milhões
O absurdo não para por aí: 2020 foi o ano em que a prefeitura de Itabirito menos empenhou na saúde (em percentual) desde 2015. O investimento em saúde representou 21,1% do orçamento em 2020. É preciso uma grande mobilização popular para pressionar que a prefeitura invista mais e melhor na saúde da cidade, principalmente neste momento caótico que estes governos (Orlando, Zema e Bolsonaro) nos trouxeram.
Já perdemos 102 vidas, e mais de 770 itabiritenses precisaram de internação. Itabirito está na UTI.
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