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Bella Mayrink

COLUNA | Nunca estivemos no mesmo barco

Atualizado: 20 de abr. de 2021

Ainda me lembro quando, no início da pandemia, o discurso era de que o COVID-19 era coisa de rico, que era uma doença que estava longe do Brasil ou, no máximo, daqueles que tinham acesso a viagens para o exterior.


Foto: reprodução; site Jornal A verdade

Em seguida, o discurso mudou e, nessa nova forma, vem carregado de ilusões ao dizer que a COVID-19 não tem distinção e de que todos estamos no mesmo barco. "Não adianta ser rico, pobre, branco, preto..." é o que diziam. Mas nós sabemos que isso não passa de uma falácia das mais maldosas, afinal de contas quem são aqueles que não puderam parar de trabalhar? Quem são aqueles que tiveram que se adequar a uma renda de 600/300 e agora 250 reais? Quem são aqueles que, mesmo diante do medo e da perda de seus entes queridos, tiveram que se expor na rua diariamente para alimentar seus filhos? Eu posso te garantir que, Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo e dono da Amazon, não foi. Quem, em um momento de pandemia, passa o aperto e a falta do básico é o trabalhador e a trabalhadora que perdeu emprego, que trabalha por micharia em bicos, ou que tenta sobreviver com auxílio miséria de R$250,00 desse governo genocida do Bolsonaro. É o trabalhador da saúde que é colocado em risco diariamente sem itens básicos para trabalhar dignamente. É o trabalhador do supermercado que nunca parou e vai de ônibus lotado - isso quando tem ônibus que o atenda, como é o caso da nossa cidade, em que nem isso é garantido.

Nós, o povo que está se expondo todo dia, é que sabemos que a COVID-19 pode até pegar em todo mundo, sem distinção, mas quem está nos índices por falta de leitos, falta de itens de alimentação básica e, principalmente, falta de vida, tem classe e cor. Quem está passando pelo descaso do governo, sem medidas nenhumas de asseguramento, tem classe e tem cor. Quem, ainda mesmo com o fim da pandemia, vai ter que se deparar com o desemprego e os preços altos do supermercado tem classe e cor!


Não estamos no mesmo barco, nunca estivemos, nem sequer estaremos. Que a luta se acirre e que o povo, cada vez mais, perceba que 'Só o Povo Salva o Povo' e dele deva ser todo o poder!
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